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Incontinência urinária em números

28 de Março de 2017
TENA

A incontinência urinária, – perda involuntária de urina – é considerada um problema, que pode ser administrado na maioria dos casos. Além das questões físicas relacionadas aos episódios de escapes de urina, a incontinência urinária afeta a qualidade de vida, porque pode acarretar isolamento social, perda de autoestima e até levar à depressão. Não são poucos os relatos de idosos que evitam o convívio familiar porque acham que os escapes de urina causam mau cheiro, ou de mulheres mais jovens que deixam até de sair de casa por causa da urgência para urinar.

Estima-se que 5% da população mundial sofra do problema. No Brasil, seriam 10 milhões de pessoas, segundo as estimativas, já que não há pesquisas nacionais de grande porte que estudem a prevalência da incontinência urinária. Uma pesquisa da consultoria Nielsen mostrou que no ano de 2013 o mercado de fraldas para adultos movimentou cerca de R$ 1 bilhão no Brasil, com crescimento anual de 17%.Acima dos 60 anos, o sexo feminino tem probabilidade duas vezes superior à dos homens de ter quadro de incontinência, segundo a International Continence Society.

E uma em cada três mulheres pode vir a sofrer com a perda de urina involuntária em algum momento da vida segundo a Urology Care Foundation. Entre idosos institucionalizados, o índice é ainda maior – 7 em cada 10.A pesquisa sobre incontinência urinária que envolveu mais brasileiros foi o Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), com pessoas com mais de 60 anos na América Latina e no Caribe. No Brasil, a amostra foi de 2.143 idosos da cidade de São Paulo e a prevalência de incontinência foi de 11,8% entre homens e 26,2% em mulheres. No estudo, alguns fatores como depressão, sexo feminino, idade avançada e maior dependência do idoso foram associados à maior prevalência de incontinência urinária.

O estudo brasileiro considerado o mais abrangente para prevalência da incontinência foi publicado em 2006 e realizado junto a 1.042 mulheres acima de 15 anos na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1999 e 2000. Ali, a prevalência média de incontinência foi de 15,7%. Dessas mulheres, 25% consideravam as perdas urinárias como um fenômeno normal. Outras 53% já haviam procurado um médico ou conversado com outro profissional da saúde sobre seu problema.

Em 2010, uma pesquisa em Botucatu (São Paulo), liderada pelo urologista João Luiz Amaro, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia seção São Paulo e professor titular da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), com 685 mulheres acima dos 20 anos detectou uma prevalência de 27% de incontinência urinária. “Das mulheres que apresentam incontinência durante a gestação, quando mais velhas, a tendência a ter quadros novamente é três vezes maior do que aquelas que não apresentaram incontinência na gravidez”, explica o médico.

Fora do âmbito acadêmico, a Pastoral da Pessoa Idosa, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Igreja Católica, aplicou, de 2005 a 2012, um questionário para os idosos atendidos por seus voluntários em todo o Brasil. Entre as questões analisadas, estava a incontinência urinária. Segundo os dados mais recentes (2012), dos 26.325 idosos analisados, 3.930 (cerca de 15%) declararam incontinência. A prevalência foi maior entre idosos de ambos os sexos acima de 90 anos e em especial entre as mulheres centenárias. Incontinência no homemNo homem, a incontinência é mais comum após as cirurgias de próstata, em especial a de câncer. Após a cirurgia, a prevalência de incontinência é bastante variável – de 19% a 80% – e tende a diminuir ou a desaparecer nos primeiros meses após a cirurgia. Outras possíveis causas são doenças neurológicas, mais comuns nos idosos de idade mais avançada. Impacto nas atividades diárias.

Em estudo realizado por enfermeiras da UNICAMP – Campinas (São Paulo), com 164 mulheres entre 25 e 85 anos com queixa de incontinência urinária, foram relatadas limitações da vida diária relacionadas aos episódios de perdas urinárias, tais como:• no serviço doméstico – 18,9% se queixam que IU causa restrições nas atividades diárias. Dessas, 10,4% dizem ser necessário parar constantemente o serviço para usar o banheiro e 4,3% não realizam atividades que requeiram esforço físico ou carregar peso.• nas atividades ocupacionais – 15,2% disseram que a IU interfere no desempenho profissional, porque necessitam ir várias vezes ao banheiro (8,5%), não podem pegar peso (0,6%), e precisam faltar ao trabalho com frequência para consultar o médico (0,6%). Houve casos declarados de prejuízos financeiros porque foram demitidas (1,2%) ou tiveram que pedir demissão (0,6%).