Quando desejos frequentes e súbitos de ir ao banheiro para urinar passam a fazer parte da rotina, às vezes deixando até que algumas gotas de xixi escapem no caminho, é a hora certa de marcar uma consulta com um profissional da saúde para tratar a incontinência urinária.
Muita gente acredita que o escape de pequenas quantidades de urina não se enquadra na condição, mas qualquer perda involuntária de xixi, por menor que seja, é caracterizada como incontinência urinária. E, quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as perspectivas de tratamento, incluindo até a possibilidade de reversão em muitos casos.
A incontinência urinária pode ocorrer tanto nos homens quanto nas mulheres, sendo três vezes mais frequente no público feminino devido, principalmente, às características biológicas da mulher, como, gestações, partos e alterações hormonais da menopausa.
Neste texto, abordamos como minimizar as dificuldades relacionadas à incontinência urinária, amenizar seus desconfortos e oferecemos dicas para melhorar a vida de quem convive com essa condição.
Como minimizar problemas relacionados à incontinência urinária?
A incontinência urinária pode ser causada por diversos fatores, como o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, alterações hormonais, gravidez, menopausa, alterações da próstata e condições neurológicas. Para minimizar os problemas relacionados, é essencial buscar orientação médica para que seja identificada a causa subjacente.
Um ginecologista, no caso das mulheres, ou um urologista, no caso de homens e mulheres,poderá realizar o diagnóstico, o que ajudará a determinar o tipo de incontinência (de esforço, de urgência, mista, funcional ou de transbordamento) e a melhor abordagem terapêutica. Entre estas abordagens, pode-se destacar:
- Fisioterapia do assoalho pélvico: exercícios específicos para a região, como por exemplo os Exercícios de Kegel, ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, reduzindo episódios de perda urinária.
- Medicamentos: dependendo do tipo de incontinência, o médico pode prescrever o uso medicamentos capazes de reduzir a hiperatividade da bexiga ou melhorar o tônus muscular.
- Mudanças na alimentação: diminuir o consumo de cafeína, álcool e alimentos ácidos ou condimentados pode ajudar a reduzir as ocorrências de escape de urina.
- Cirurgias: Para casos mais específicos, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados.
Como amenizar os desconfortos da incontinência urinária?
Conviver com a incontinência urinária pode ser desafiador, mas existem maneiras de amenizar os desconfortos causados pela condição. Aqui listamos algumas dicas:
- Uso de produtos específicos para incontinência urinária: além das conhecidas fraldas geriátricas, normalmente indicadas para pessoas acamadas, existem muitos outros produtos com tecnologia de absorção de urina especialmente pensados para pessoas com mobilidade. Eles vão desde absorventes diários femininos ou protetores masculinos – projetados para a anatomia do homem –, até calcinhas e cuecas descartáveis, adequados aos diversos perfis e níveis de incontinência urinária.
- Uso de roupas adequadas: optar por trajes leves, de fácil remoção e confeccionados com tecidos respiráveis pode ajudar a prevenir irritações.
- Higiene pessoal: manter uma rotina de higiene regular é essencial para evitar infecções e irritações na pele. Utilize produtos suaves e sem álcool, como as toalhas umedecidas da linha TENA Dermacare, que limpam e hidratam a pele. Em seguida, recomenda-se o uso de cremes que formam uma película sobre a pele, funcionando como uma barreira protetora, como o Creme Zinco Dermacare, indicado para proteger peles sensíveis e prevenir lesões.
- Planejamento das idas ao banheiro: criar uma rotina para ir ao banheiro em intervalos regulares pode ajudar a evitar escapes acidentais. Essa prática, conhecida como treinamento da bexiga, também pode aumentar a capacidade de controle urinário.
- Manutenção de um peso saudável: o excesso de peso pode aumentar a pressão sobre a bexiga e sobre os músculos do assoalho pélvico. A perda de peso, quando necessária, pode reduzir significativamente os sintomas da incontinência.
- Gerenciamento do estresse: a ansiedade e o estresse podem piorar os episódios de incontinência. Práticas como meditação, ioga e técnicas de respiração podem ajudar a reduzir a tensão e melhorar o controle da bexiga.
- Hidratação equilibrada: apesar de algumas pessoas reduzirem o consumo de líquidos para evitar perdas urinárias, isso não é recomendado pois pode causar outros problemas de saúde, como desidratação e irritação nas paredes da bexiga devido à concentração da urina.
- Exercícios regulares: além dos exercícios para o assoalho pélvico, práticas que fortalecem o corpo, como o pilates, também podem contribuir para a saúde do assoalho pélvico.
Como comentado anteriormente, conviver com a incontinência urinária pode ser desafiador, mas é possível minimizar os problemas e manter a qualidade de vida lançando mão das soluções disponíveis. Buscar ajuda médica, adotar estratégias práticas, utilizar os produtos adequados e manter uma abordagem positiva podem fazer toda a diferença.
Com o avanço das terapias e a ampliação do acesso à informação, cada vez mais pessoas conseguem lidar com a incontinência urinária de forma eficaz e retomar suas atividades diárias com mais segurança e tranquilidade.
Fontes:
- https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/3-maneiras-de-tratar-escapes-de-urina/
- https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-incontinencia-e-urgencia-urinaria/
- https://sbu-sp.org.br/publico/incontinencia-urinaria-afeta-a-vida-de-mais-de-10-milhoes-de-pessoas-no-pais/
- https://www.researchgate.net/publication/363688874_Terapia_comportamental_no_tratamento_da_incontinencia_urinaria_qualidade_de_vida_e_gravidade