Postado 15 de setembro de 2016 em CuidadoresTENA
De acordo com o Ministério da Saúde, a cada ano são diagnosticados no Brasil 100 mil novos casos de Alzheimer. Hoje, cerca de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e estima-se que, devido ao rápido envelhecimento da população brasileira, daqui 30 anos esse número alcance 6 milhões no país.
Ainda que possa se manifestar precocemente, o Alzheimer em geral acomete pessoas acima dos 65 anos e é o tipo mais comum de demência neurodegenerativa identificado atualmente no mundo, sendo responsável por 80% dos quadros. Ele é classificado em três fases: leve, moderada e severa.
Com o envelhecimento, o cérebro passa por mudanças que podem tornar mais difícil recordar certas informações rapidamente. No entanto, esses esquecimentos “comuns” geralmente não afetam a capacidade do indivíduo viver de maneira independente e funcional.
Exemplos de perda de memória comum incluem esquecer onde foi deixado um objeto, como as chaves, ou ter dificuldades em lembrar o nome de uma pessoa que não se vê há muito tempo.
“A maioria das queixas de esquecimento não se devem a alguma doença, mas a noites mal dormidas e estresse, que levam a lapsos de memória, perda de atenção e de concentração”, explica o geriatra e doutor em Gerontologia Paulo Renato Canineu.
Isso significa que, assim como em qualquer outra faixa etária, o idoso está sujeito a esses lapsos que, embora desagradáveis, não trazem consequências graves, já que não atrapalham as atividades da vida diária.
Por outro lado, a doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa grave, que vai além da perda de memória. Trata-se de uma forma de demência que afeta as funções cognitivas de maneira progressiva e irreversível.
A doença começa a afetar as células do cérebro, principalmente as responsáveis pela memória, raciocínio e comportamento. Diferentemente da perda de memória comum, o Alzheimer é uma condição debilitante e que ao longo do tempo interfere drasticamente na capacidade de a pessoa realizar atividades cotidianas e cuidar de si mesma.
A principal diferença entre a perda de memória comum e o Alzheimer está na natureza e na progressão dos sintomas. Enquanto o esquecimento comum tende a ser esporádico e de poucas consequências para a vida diária, o Alzheimer se manifesta por meio de falhas de memória frequentes, que podem causar impactos graves à pessoa e seu entorno e que pioram progressivamente.
Essas falhas não apenas dificultam a recordação de informações recentes, mas também comprometem a capacidade de realizar tarefas simples, como cozinhar, dirigir, administrar o dinheiro, tomar banho ou ir ao banheiro.
Alzheimer e incontinência urinária
“Para sermos continentes, ou para conseguirmos segurar a urina, o sistema urinário precisa estar funcionando bem e se comunicando com o cérebro de maneira que o comando ‘esvaziar a bexiga’ ou ‘conter a urina’ seja possível”, esclarece Cláudia Vallone, enfermeira epidemiologista especialista no cuidado com idosos.
Essa comunicação ocorre através da medula: quando há um determinado volume de urina na bexiga, a medula leva a informação ao cérebro, que interpreta quando é o momento de urinar ou não. “A demência deteriora essa comunicação, por isso muitas vezes a pessoa com Alzheimer perde a capacidade de discernir o momento ou o local adequado para urinar”, completa.
Assim, o que era uma tarefa rotineira torna-se cada vez mais complexa. Ir ao banheiro demanda que nossa cognição consiga distinguir cinco etapas – ou ações – entre o instante da vontade e o momento de urinar:
Conforme a fase do Alzheimer em que esteja (leve, moderada ou severa), a pessoa não consegue mais realizar todas essas cinco etapas.
Cláudia percebe na observação clínica que a maior parte dos pacientes começa a conviver com perdas de urina ao entrar na fase moderada do Alzheimer. “Não são necessariamente grandes volumes, mas são situações em que o uso de dispositivos de segurança urinários são um recurso importante para que a pessoa tenha preservada sua qualidade de vida, sua autoestima e não fique estigmatizada”, pontua, referindo-se aos produtos indicados para incontinência urinária como fraldas, roupas íntimas descartáveis e absorventes para incontinência urinária.
“As pessoas precisam ter acesso à informação para saber que além das fraldas existem também outras opções”, destaca Cláudia. De fato, as fraldas descartáveis [LINK https://www.tena.com.br/fraldas-geriatricas] são indicadas para pessoas acamadas, enquanto para aquelas com mobilidade, há alternativas que permitem total liberdade para o convívio social no dia a dia com segurança e conforto, sem preocupações com perda de urina.
São produtos como as roupas íntimas descartáveis, que vestem como calcinhas ou cuecas, e também os absorventes, muito diferentes tecnicamente daqueles usados para menstruação, porque são feitos com tecnologia própria para absorção da urina (que é muito superior à absorção dos absorventes menstruais). Além disso, neutralizam o odor da urina e estão disponíveis em diversos tamanhos, para pessoas com incontinência leve, moderada ou severa. A marca TENA oferece também a linha TENA Men, com produtos desenvolvidos especialmente para a anatomia masculina.
De acordo com a especialista, na medida do possível, a escolha do dispositivo mais adequado deve ser compartilhada com o paciente. “É importante dar alguma autonomia à pessoa”, defende Cláudia. “Sem infantilizar, sem superproteger, dando recursos para que ela continue participando da própria vida.”
De acordo com o Ministério da Saúde, alguns dos principais fatores de risco para a doença são:
Ainda não há uma forma específica de prevenção do Alzheimer, mas os médicos acreditam que manter a cabeça ativa, ter uma alimentação regrada, praticar atividades físicas regularmente, não fumar e evitar bebidas alcoólicas, realizar atividades em grupo e estimular o cérebro sejam hábitos capazes de retardar ou até mesmo inibir o desenvolvimento da doença.
Os sintomas do Alzheimer são diferentes conforme o estágio da doença: leve, moderado ou severo.
No estágio leve, alguns dos sintomas são: confusão, dificuldades com a memória, episódios de esquecimento, mudanças de humor e problemas na fala. Isso ocorre porque geralmente a primeira parte do cérebro a deteriorar é a que controla a memória e a fala.
No estágio moderado os sintomas podem incluir também alucinações, comportamento obsessivo ou repetitivo, sono conturbado, incontinência urinária e fecal além de problemas com a linguagem e com a fala, o que pode fazer com que a pessoa se sinta frustrada e deprimida, provocando grandes oscilações de humor.
Já no estágio severo, o paciente apresenta sinais de confusão mental e desorientação, com alucinações mais intensas e frequentes. A pessoa pode achar que escutou ou viu coisas que não aconteceram e ficar agressiva com aqueles que a cercam, o que costuma causar grande sofrimento também para seus familiares.
Dificuldades com a deglutição, perda de apetite e de peso, diminuição da mobilidade e perda completa da memória são outros sintomas deste estágio. É nesse estágio que os cuidados em tempo integral se intensificam.
Diferenciar a perda de memória comum da doença de Alzheimer envolve atenção aos detalhes e compreensão das diferenças entre o envelhecimento natural e uma condição patológica.
O esquecimento ocasional é normal à medida que se envelhece, mas quando os esquecimentos começam a interferir na vida cotidiana, pode ser sinal de algo mais sério e deve ser investigado por um médico.
Entender os sintomas do Alzheimer é fundamental para que as pessoas afetadas recebam o cuidado e o tratamento de que precisam o mais cedo possível.
Fontes: