Incontinência fecal: o que é, tipos, causas e mais!

A incontinência fecal, é um problema de saúde que afeta entre 5% e 15% da população mundial adulta, sendo mais prevalente nas mulheres.  

Este índice pode ser ainda maior, pois estudos evidenciam que aproximadamente 25% dos pacientes não levam aos médicos a queixa de incontinência fecal. 

Incontinência fecal: o que é, quais os sintomas, tratamentos e mais! 

É uma condição de grande impacto na qualidade de vida e no bem-estar emocional e, apesar de ser um tema delicado, é importante compreender suas causas, sintomas e opções de tratamento para garantir o manejo mais adequado para cada caso.  

Aqui, vamos abordar todos os aspectos da incontinência fecal, desde sua definição até as opções de tratamento disponíveis. 

O que é incontinência fecal? 

A incontinência feca é a incapacidade de controlar a eliminação de fezes ou gases, levando a episódios involuntários de evacuação. Essa condição também é conhecida como incontinência anal.  

Pode variar de leve a intensa e afetar pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em idosos e mulheres.  

A perda do controle intestinal pode ocorrer devido a uma série de fatores, incluindo perdas musculares, doenças neurológicas e outros problemas de saúde, como distúrbios digestivos crônicos (por exemplo, a síndrome do intestino irritável ou a constipação crônica). 

Quais os tipos de incontinência fecal? 

A incontinência fecal pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo da causa e da forma como se manifesta: 

1. Incontinência passiva: ocorre quando a pessoa não percebe que está evacuando, geralmente devido a problemas neurológicos ou lesões nos nervos da região anal. 
2. Incontinência de urgência: caracteriza-se pela perda de fezes devido a uma forte necessidade de evacuar, mas sem conseguir chegar ao banheiro a tempo. 
3. Incontinência mista: é uma combinação das características da incontinência passiva e da incontinência de urgência. 

O que causa incontinência fecal? 

Várias condições de saúde podem contribuir para o desenvolvimento da incontinência fecal. Aqui destacamos algumas das principais: 

• Lesões musculares: o enfraquecimento ou lesão dos músculos do esfíncter anal, muitas vezes devido a partos vaginais ou cirurgias, pode comprometer o controle das evacuações.

• Danos nos nervos: doenças como diabetes, esclerose múltipla e lesões na medula espinhal podem afetar os nervos responsáveis pelo controle intestinal.

• Diarreia crônica: fezes líquidas são mais difíceis de reter, o que pode levar à perda involuntária.

• Constipação crônica: fezes endurecidas podem enfraquecer os músculos do reto e aumentar o risco de incontinência.

• Doenças intestinais: condições como síndrome do intestino irritável (SII) e doença inflamatória intestinal (DII) podem contribuir para episódios de incontinência.

• Envelhecimento: o processo natural de envelhecimento pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico e reduzir a sensibilidade do reto.

Como saber se tenho incontinência fecal?

Quem experimenta episódios recorrentes de perda involuntária de fezes ou gases, pode estar enfrentando um caso de incontinência fecal. É importante observar a frequência desses episódios e se há outros sintomas associados, como dor abdominal, urgência evacuatória ou alterações na consistência das fezes. Em casos de suspeita, o ideal é procurar um médico para diagnóstico correto e plano de tratamento adequado. 

Quais os sintomas? 

Os sintomas da incontinência fecal variam de acordo com o grau e a causa da condição. Alguns dos sinais mais comuns são:

• Perda involuntária de fezes sólidas, líquidas ou gases; 
• Sensação de urgência para evacuar, sem conseguir controlar; 
• Sensação de evacuação incompleta ou vazamento após usar o banheiro; 
• Irritação ou assaduras na região anal devido ao contato prolongado com fezes; 
• Sensação de distensão ou desconforto abdominal. 

Tratamentos para incontinência fecal 

O tratamento para incontinência fecal também depende da causa subjacente e do grau da condição. Algumas das abordagens mais utilizadas podem incluir: 

1. Mudanças na dieta 

Ajustar a alimentação pode ser fundamental para melhorar o controle intestinal. Alimentos ricos em fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, enquanto evitar cafeína, álcool e alimentos gordurosos pode reduzir os episódios de diarreia. 

2. Treinamento intestinal 

Criar uma rotina para evacuar pode ajudar a restaurar o controle. Técnicas como evacuar no mesmo horário todos os dias e praticar exercícios para incontinência fecal para fortalecer os músculos do assoalho pélvico são eficazes. 

3. Medicamentos 

Dependendo da causa, o médico pode prescrever medicamentos para regular o trânsito intestinal, como antidiarreicos ou laxantes suaves em casos de constipação. 

4. Fisioterapia para o assoalho pélvico 

Exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, podem melhorar o controle esfincteriano e reduzir episódios de incontinência. 

5. Cirurgia 

Em casos mais agudos, a cirurgia pode ser necessária. O médico indicará o procedimento mais adequado a cada situação.  

Leia também: Afinal, incontinência fecal tem cura?

Absorvente para incontinência fecal 

O uso de absorventes específicos para incontinência urinária / fecal pode ser uma solução prática para melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com essa condição.  

Esses produtos são projetados para proporcionar segurança, conforto e discrição, reduzindo o impacto dos episódios de incontinência no dia a dia. TENA oferece para as pessoas com mobilidade as opções do absorvente Lady Discreet Maxi Night (para mulheres) e das Pants, que vestem como calcinhas ou cuecas. Para pessoas acamadas, o produto indicado são as fraldas geriátricas.

É importante destacar que, após um episódio de incontinência fecal, a troca do produto absorvente deve ser imediata. Além de proporcionar maior conforto, essa medida é necessária para evitar lesões que resultam do contato prolongado da pele com urina e fezes, como a DAI (Dermatite Associada à Incontinência), conhecida popularmente como “assadura”.  

Após higiene local com água e sabonete líquido ou toalhas umedecidas, a pele pode ser protegida com a aplicação de uma fina camada de creme à base de Óxido de Zinco, como o Creme Zinco Dermacare, que forma uma camada protetora sobre a pele, prevenindo lesões. 

Por fim, ao mesmo tempo em que a incontinência fecal pode impactar a vida de quem a enfrenta, é possível estabelecer estratégias para manejá-la, diminuindo o impacto da condição na rotina do paciente.  

Desde mudanças na dieta até tratamentos médicos e cirúrgicos, pode-se encontrar soluções eficazes para melhorar o controle intestinal. Quando há uma suspeita de incontinência fecal, é fundamental buscar ajuda médica para um diagnóstico e tratamento adequados. Paralelamente, o uso de produtos absorventes específicos para incontinência urinária/fecal e a proteção adequada da pele local podem ser alternativas eficazes para aumentar o conforto e a segurança no dia a dia. 

Fontes:  

• https://journals.cambridgemedia.com.au/application/files/3516/0991/7771/smart_PT.pdf 
• https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/incontinencia-fecal/ 
• https://www.einstein.br/n/glossario-de-saude/incontinencia-fecal 
• https://www.igastroprocto.com.br/incontinencia-fezes/ 
• https://sbcp.org.br/revista/nbr222/P98_108.htm