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CÂNCER DE BEXIGA: TUDO SOBRE O ASSUNTO

01/08/2024

 

TENA

Apesar dos avanços nas campanhas de prevenção e detecção precoce de diferentes tipos de cânceres, o câncer da bexiga ainda é pouco divulgado e devemos falar sobre ele. Acesse nosso conteúdo e fique por dentro do assunto!

De acordo com o INCA, Instituto Nacional de Câncer ligado ao Ministério da Saúde, no Brasil o câncer de bexiga atinge majoritariamente homens brancos acima de 60 anos. O tabagismo é um dos principais fatores que contribuem com o desenvolvimento da doença, uma vez que triplica as chances do seu aparecimento.

Além do tabaco, sabe-se também que ocupações em que os trabalhadores ficam excessivamente expostos a derivados do petróleo e diversos compostos químicos aumentam o risco de desenvolvimento da enfermidade.

No report anual “Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil” o INCA calcula aproximadamente 11.370 novos casos de câncer de bexiga por ano entre 2023 e 2025 no país – 34.110 em todo o período, um risco estimado de 5,25 casos a cada 100 mil habitantes.

Como a doença é duas vezes mais comum na população masculina, com 7.870 casos em homens para 3.500 em mulheres, em termos proporcionais trata-se de um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres.

Câncer de bexiga: conheça os principais sintomas, causas e tratamentos

É importante aprendermos um pouco sobre a bexiga, suas funções e quais são os tipos de câncer que podem ocorrer no órgão para, então, entrarmos nas causas, sintomas e tratamentos da doença.

Localizada na região pélvica, em frente ao intestino grosso, a bexiga é um órgão oco, formado basicamente pelo músculo detrusor, revestido internamente por uma mucosa denominada urotélio.

Sua função é dupla: armazenar a urina que chega dos rins e, depois, contrair-se para eliminar a urina armazenada.

O câncer de bexiga costuma se instalar no urotélio, a mucosa da região interna do músculo, na forma de um ou mais tumores pequenos e localizados. Quando o câncer se limita à esta estrutura, é chamado de superficial.  Se não for tratado, pode invadir a musculatura profunda.

De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, ao longo de uma década, até 80% dos tumores de bexiga localizados (carcinomas in situ) não tratados ou que não tiveram boa resposta ao tratamento evoluem para carcinomas invasivos. Isso significa que as células cancerígenas se espalham para a parte externa da bexiga, chegando até a outros órgãos como a próstata, o reto ou o útero.

Os tumores malignos de bexiga são classificados como “carcinomas de células transicionais”, “carcinomas epidermóides”, “adenocarcinomas” e “carcinomas de pequenas células”.

Os “carcinomas de células transicionais” representam 90% dos tumores de bexiga, enquanto os outros 10% representam formas mais raras da doença e estão entre os “carcinomas epidermóides”, os “adenocarcinomas” e os “carcinomas de pequenas células”.

É importante lembrar que em caso de diagnóstico suspeito, é indispensável consultar um médico especialista para melhor entendimento dos exames e definição da conduta mais adequada.

Sintomas do câncer de bexiga na fase inicial

Na fase inicial os sintomas do câncer de bexiga podem ser sutis e facilmente confundidos com outras condições menos graves.

Um dos sintomas mais frequentes é o sangue na urina, denominado “hematúria”. O sangue pode tanto ser visível a olho nu, apresentando uma urina rosa, vermelha ou marrom, como pode ser visível apenas por microscópico. Exames laboratoriais de urina podem verificar a presença de sangue no xixi.

Outro sintoma é a sensação de incontinência urinária, mas com volume muito pequeno e forte ardência ao urinar: o aumento na frequência da vontade de urinar, sem um aumento proporcional no volume de xixi deve servir de alerta, assim como a urgência urinária – quando dá uma vontade intensa de fazer xixi mesmo que a bexiga não esteja cheia. Outro sintoma que deve ser investigado é a sensação de dor, queimação ou desconforto durante a micção.

O diagnóstico precoce do câncer de bexiga é essencial para maiores chances de êxito no tratamento. Esse diagnóstico pode ser realizado por exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos específicos.

Pessoas sem sintomas, mas que pertençam a grupos de risco, podem realizar exames periódicos de rastreamento.

Sintomas do câncer de bexiga na fase avançada

Na fase avançada do câncer de bexiga os sintomas tendem a ser mais graves e podem indicar que o câncer se espalhou para outras partes do corpo. Os sintomas comuns nessa fase incluem dor intensa na região pélvica, lombar ou em áreas onde o câncer se espalhou, como ossos e fígado.

O sangue na urina, sintoma presente na fase inicial, também pode se apresentar aqui, só que de forma mais frequente e intensa. Uma possível obstrução na uretra pode levar à dificuldade ou até incapacidade de urinar. Junto a isso, outros sintomas como inchaço nas pernas, perda de peso significativa e rápida, perda de apetite, anemia, problemas digestivos, fadiga extrema e sintomas respiratórios podem surgir caso o câncer tenha se espalhado para outros órgãos.

Nessa fase, junto aos cuidados oncológicos é crucial buscar cuidados médicos paliativos para alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida do paciente.

Possíveis causas para o câncer de bexiga

O câncer de bexiga pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Listamos aqui algumas das principais causas e fatores de risco.

  • Idade e raça: homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
  • Tabagismo: o fumo é a principal causa do câncer de bexiga. As substâncias químicas presentes no tabaco são filtradas pelos rins e excretadas na urina, passando pela bexiga e podendo, assim, danificar suas células.
  • Produtos químicos: a exposição a certas substâncias químicas industriais, como aquelas utilizadas na fabricação de tintas, borracha, couro, têxteis e produtos de impressão, pode aumentar o risco de câncer de bexiga
  • Radiação: pessoas que passaram por tratamentos anteriores de radiação na área pélvica podem ter um risco aumentado para o câncer de bexiga.
  • Histórico familiar: ter um histórico familiar de câncer de bexiga pode aumentar o risco, indicando um possível componente genético.

Ao estar ciente desses fatores de risco a pessoa pode, sempre que possível, tomar medidas preventivas, como evitar o tabagismo, que é o principal fator de risco do câncer de bexiga, além de reduzir a exposição a produtos químicos nocivos e realizar exames de rastreamento periodicamente com acompanhamento médico.

Afinal, qual a gravidade do câncer de bexiga?

O câncer de bexiga pode ser tratado e tem grande chance de cura, especialmente se for diagnosticado e tratado precocemente. A gravidade e o prognóstico do câncer de bexiga dependem principalmente de fatores como estágio e grau de agressividade da doença, tratamento e resposta do paciente, além de suas condições gerais de saúde.

Qual exame detecta o câncer de bexiga?

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser realizado por meio de exames de urina e de imagem, como a ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e a cistoscopia (exame interno na bexiga por um instrumento com câmera). Durante a cistoscopia podem ser retiradas células para biópsia.

É necessária uma avaliação global da extensão da doença (se superficial ou se invasiva), da idade e do quadro de saúde geral do paciente para que a equipe médica possa indicar o tratamento mais adequado.

Procedimentos médicos para o câncer de bexiga

Os principais tratamentos para o câncer de bexiga são a cirurgia, a terapia intravesical, a quimioterapia, a radioterapia, a imunoterapia e a terapia alvo, além da participação em ensaios clínicos. Em muitos casos uma combinação desses tratamentos pode ser utilizada.

Abaixo descrevemos alguns dos tratamentos que contam com mais de uma forma de apresentação ou aplicação no paciente.

No caso da cirurgia, ela pode ser de três tipos:

  • Ressecção Transuretral do Tumor da Bexiga, procedimento comum para câncer de bexiga não invasivo em que um cistoscópio é inserido pela uretra para remover o tumor.
  • Cistectomia Parcial, envolve a remoção da parte da bexiga onde se instalou o tumor. É o método utilizado nos casos em que o câncer é limitado a uma área específica.
  • Cistectomia Radical, envolve a remoção completa da bexiga. Para homens, isso inclui a próstata e vesículas seminais, e para mulheres, inclui o útero, ovários e parte da vagina. Os linfonodos próximos também são removidos. Quando é utilizado este método, cria-se a “derivação urinária” usando parte do intestino: um novo caminho para a urina ser eliminada do corpo.

Quando o tratamento envolve quimioterapia, ela poderá ser intravesical ou sistêmica:

  • Intravesical: é a quimioterapia administrada diretamente na bexiga via catéter. Usada principalmente para câncer de bexiga superficial.
  • Sistêmica: é a quimioterapia administrada por via intravenosa, mais utilizada para tratar tumores que se espalharam além da bexiga.

A imunoterapia também conta com duas possibilidades de aplicação:

  • BCG (Bacilo Calmette-Guérin): uma forma de imunoterapia intravesical que estimula o sistema imunológico a atacar as células cancerosas na bexiga.
  • Inibidores de PD-1/PD-L1: medicamentos como Pembrolizumab e Atezolizumab que ajudam o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerosas. Usados principalmente para câncer avançado ou metastático.

A escolha do tratamento é personalizada com base na extensão do câncer e nas condições individuais do paciente. Geralmente, o diagnóstico é confirmado pelo médico urologista, que vai estabelecer, junto ao médico oncologista, o plano de tratamento mais adequado, caso a caso.

 

Fontes:

https://portaldaurologia.org.br/files/arquivos/filedc38cc114bfced20dae589e001d97754.pdf

https://www.oncoguia.org.br/conteudo/inibidores-imunologicos/7962/922/

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/bexiga