Postado 18 de fevereiro de 2019 em CuidadoresTENA
Em geral, um número considerável de idosos em todo o mundo tem Hipertensão Arterial. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, quase 61% das pessoas idosas com mais de 65 anos convivem com a doença, que é crônica, muitas vezes hereditária e, se não tratada adequadamente, pode levar a sérios problemas de saúde.
Considerada uma doença silenciosa, ou seja, que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos, a HAS acomete adultos e idosos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a Hipertensão Arterial atinge cerca de 27,9% da população brasileira. A prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Porém, em ambos os sexos, a frequência aumenta com a idade, atingindo a maioria dos idosos.
Entre as complicações da pressão alta, como é popularmente conhecida a Hipertensão Arterial, estão as doenças cardiovasculares, a insuficiência renal e o acidente vascular cerebral.
Apesar de estudos científicos não apresentarem evidências de uma relação direta entre a hipertensão e a incontinência urinária, eles relacionam o uso de medicamentos diuréticos para o controle da pressão arterial com a síndrome da bexiga hiperativa, que pode se manifestar por meio da perda urinária.
A resposta curta é: não. Embora haja associação entre hipertensão e incontinência urinária em alguns casos, nem todos os pacientes hipertensos desenvolvem essa condição.
A associação entre as duas condições pode ser explicada por vários fatores. Um deles é o avanço da idade.
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária está presente na vida de 45% das mulheres e 15% dos homens com mais de 40 anos. Desta forma, tanto a hipertensão quanto a incontinência são mais comuns em pessoas mais velhas, o que pode criar uma correlação estatística entre as duas. No entanto, isso não significa que uma condição leve à outra diretamente.
Outro fator é o impacto dos medicamentos usados para tratar a hipertensão, como mencionado anteriormente. Diuréticos, frequentemente prescritos para reduzir a pressão arterial, aumentam a produção de urina e, consequentemente, o número de vezes por dia que uma pessoa precisa urinar. Eventualmente, o desejo de urinar pode ser intenso e urgente, e algumas pessoas podem apresentar escapes de urina, enquanto caminham para o banheiro.
Condições como diabetes, obesidade e doenças neurológicas, que são fatores de risco tanto para hipertensão quanto para incontinência, também podem contribuir para essa associação.
Portanto, é importante que pacientes hipertensos estejam atentos às mudanças no padrão urinário. Um acompanhamento regular com profissionais da saúde pode ajudar a monitorar essas condições de forma eficaz.
E, se estiver convivendo com a perda de urina, é possível manejá-la com produtos adequados ao perfil e ao nível de incontinência de cada indivíduo: desde os absorventes diários femininos ou protetores masculinos até calcinhas e cuecas descartáveis, por exemplo.
O tratamento da hipertensão e da incontinência urinária deve ser abordado de forma integrada, considerando as necessidades individuais do paciente. Aqui estão os principais aspectos de cada abordagem:
A hipertensão é tratada com base em mudanças no estilo de vida e, frequentemente, com medicamentos. As principais medidas incluem:
1- Mudanças no estilo de vida:
2- Medicamentos:
A abordagem para a incontinência urinária também varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição:
1- Mudanças no estilo de vida:
2- Terapia comportamental:
3- Medicamentos:
4- Cirurgia:
Embora a relação entre hipertensão e incontinência urinária não seja simples e direta, é possível gerenciar ambas as condições de forma eficaz com o apoio adequado. A chave está em um acompanhamento regular com profissionais da saúde, na adesão ao tratamento e em um estilo de vida saudável.