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Hipertensão e Incontinência Urinária: Como Lidar? Saiba com a TENA

Em geral, um número considerável de idosos em todo o mundo tem Hipertensão Arterial. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, quase 61% das pessoas idosas com mais de 65 anos convivem com a doença, que é crônica, muitas vezes hereditária e, se não tratada adequadamente, pode levar a sérios problemas de saúde.

Considerada uma doença silenciosa, ou seja, que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos, a HAS acomete adultos e idosos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a Hipertensão Arterial atinge cerca de 27,9% da população brasileira. A prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Porém, em ambos os sexos, a frequência aumenta com a idade, atingindo a maioria dos idosos.   

Entre as complicações da pressão alta, como é popularmente conhecida a Hipertensão Arterial, estão as doenças cardiovasculares, a insuficiência renal e o acidente vascular cerebral. 

Hipertensão e incontinência urinária: entenda a relação entre ambas 

Apesar de estudos científicos não apresentarem evidências de uma relação direta entre a hipertensão e a incontinência urinária, eles relacionam o uso de medicamentos diuréticos para o controle da pressão arterial com a síndrome da bexiga hiperativa, que pode se manifestar por meio da perda urinária. 

Toda pessoa com hipertensão terá incontinência? 

A resposta curta é: não. Embora haja associação entre hipertensão e incontinência urinária em alguns casos, nem todos os pacientes hipertensos desenvolvem essa condição. 

A associação entre as duas condições pode ser explicada por vários fatores. Um deles é o avanço da idade.  

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária está presente na vida de 45% das mulheres e 15% dos homens com mais de 40 anos. Desta forma, tanto a hipertensão quanto a incontinência são mais comuns em pessoas mais velhas, o que pode criar uma correlação estatística entre as duas. No entanto, isso não significa que uma condição leve à outra diretamente. 

Outro fator é o impacto dos medicamentos usados para tratar a hipertensão, como mencionado anteriormente. Diuréticos, frequentemente prescritos para reduzir a pressão arterial, aumentam a produção de urina e, consequentemente, o número de vezes por dia que uma pessoa precisa urinar. Eventualmente, o desejo de urinar pode ser intenso e urgente, e algumas pessoas podem apresentar escapes de urina, enquanto caminham para o banheiro.  

Condições como diabetes, obesidade e doenças neurológicas, que são fatores de risco tanto para hipertensão quanto para incontinência, também podem contribuir para essa associação.     

Portanto, é importante que pacientes hipertensos estejam atentos às mudanças no padrão urinário. Um acompanhamento regular com profissionais da saúde pode ajudar a monitorar essas condições de forma eficaz. 

E, se estiver convivendo com a perda de urina, é possível manejá-la com produtos adequados ao perfil e ao nível de incontinência de cada indivíduo: desde os absorventes diários femininos ou protetores masculinos até calcinhas e cuecas descartáveis, por exemplo. 

Como funciona o tratamento para hipertensão e para incontinência? 

O tratamento da hipertensão e da incontinência urinária deve ser abordado de forma integrada, considerando as necessidades individuais do paciente. Aqui estão os principais aspectos de cada abordagem: 

Tratamento da Hipertensão 

A hipertensão é tratada com base em mudanças no estilo de vida e, frequentemente, com medicamentos. As principais medidas incluem: 

1- Mudanças no estilo de vida: 

  • Dieta balanceada: adotar uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais e laticínios com baixo teor de gordura é essencial. Um exemplo é a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, algo como “Abordagens Dietéticas para Combater a Hipertensão”, em tradução livre). 
  • Redução do consumo de sal: o excesso de sódio é um dos principais vilões da hipertensão. 
  • Exercícios físicos: a prática regular de atividades como caminhada, corrida ou natação pode ajudar a reduzir a pressão arterial. 
  • Controle do peso: a perda de peso é particularmente eficaz para reduzir a pressão arterial. 
  • Parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.

2- Medicamentos: 

  • Devem ser receitados por um médico especialista, como o geriatra, cardiologista ou clínico geral, pois o tipo e a dose dependem da gravidade da hipertensão e das condições de saúde do paciente. 

Tratamento da Incontinência Urinária 

A abordagem para a incontinência urinária também varia de acordo com o tipo e a gravidade da condição: 

1- Mudanças no estilo de vida: 

  • Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico: práticas específicas para a musculatura da região, como os exercícios de Kegel, podem contribuir para diminuir a frequência e o volume da perda urinária  
  • Evitar cafeína e álcool: estas substâncias podem irritar a bexiga e piorar os sintomas de incontinência.  

2- Terapia comportamental 

  • Treinamento da bexiga: envolve o desenvolvimento de hábitos de urinar em intervalos programados, e quando possível, espaçar as idas ao banheiro, aumentando gradualmente o intervalo entre as micções.  

3- Medicamentos: 

  • Existem medicamentos que podem ajudar a reduzir os espasmos da bexiga ou a aumentar sua capacidade, mas devem ser receitados por um médico especialista, como o urologista ou ginecologista, após avaliação criteriosa.  

4- Cirurgia: 

  • Em alguns casos, são recomendadas as opções cirúrgicas para o tratamento da Incontinência Urinária, como o implante de sling uretral ou de esfíncter artificial.  

Embora a relação entre hipertensão e incontinência urinária não seja simples e direta, é possível gerenciar ambas as condições de forma eficaz com o apoio adequado. A chave está em um acompanhamento regular com profissionais da saúde, na adesão ao tratamento e em um estilo de vida saudável.  

 

Fontes: