Líder mundial de produtos para incontinência urinária

FRETE GRÁTIS ACIMA DE R$200,00

Aumentar fonte
Diminuir fonte
Alto-contraste

Incontinência urinária na gravidez: sintomas e soluções

27/12/2023
TENA

Está com perda de urina involuntária na gravidez? Aqui te falamos se é normal, como identificar e o que fazer. Acesse nosso conteúdo e confira!

A incontinência urinária é um fenômeno mais prevalente em mulheres do que em homens. Nas mulheres, ele é bem comum quando chega a menopausa e se intensifica com o avanço da idade  mas,  muitas vezes ela aparece bem mais cedo:  durante a gravidez.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) 40% das gestantes podem apresentar um ou mais episódios de incontinência urinária na gestação ou logo após o parto.

Além disso, o desejo frequente de urinar pode ser um dos primeiros sinais de gravidez! À medida que o bebê cresce, os sintomas podem aumentar e durar algumas semanas (ou até meses) após o nascimento.

O escape de urina na gravidez é uma questão subestimada. Apesar de ter prevalência nas gestantes, muitas mulheres tendem a não buscar tratamento por vergonha ou por normalizar a situação.

Neste post iremos falar sobre a incontinência urinária na gestação: abordaremos os principais sintomas, os momentos em que o escape de urina pode ocorrer e o que fazer para lidar com a questão.

É normal ter escape de urina na gravidez?

Segundo a Dra. Maria Claudia Bicudo do Departamento de Disfunções do Trato Urinário da SBU de SP, apesar de a incontinência urinária ser comum entre as mulheres, isso não é algo normal.

A perda de urina involuntária na gravidez impacta negativamente na qualidade de vida e na percepção de saúde das gestantes que a vivenciam.

Desta forma, é importante compreender qual o nível de continência experienciado e quais são os fatores que aumentam a incidência do escape de urina na gravidez.

Desta forma será possível lidar de forma personalizada com cada caso.

O que causa a incontinência urinária na gestação?

Como a uretra feminina é mais curta, a anatomia do esfíncter - o mecanismo de contenção da urina - é mais exposto a fatores ambientais e biológicos. Esses fatores, então, compreendem um maior risco de desenvolvimento da perda de urina involuntária.

Além disso, existem outras causas comuns da incontinência na gravidez:

Esforços

A incontinência urinária por esforço ou estresse (IUE) pode ser causada por movimentos físicos que pressionem ou impactem o abdômen.

Neste caso, o escape de urina ocorre ao tossir, espirrar, fazer exercícios (como correr ou pular) ou até mesmo rir. 

O ganho de peso na gravidez e o peso do bebê também colocam pressão extra na bexiga. À medida que a gestação avança, o assoalho pélvico acaba sendo sobrecarregado, diminuindo o tônus - isto é, a contração involuntária - desta musculatura.

Hormônios

As alterações hormonais causadas pela gravidez são outro fator que impactam diretamente no escape de urina involuntária na gestação.

O nível de concentração de progesterona na corrente sanguínea da mulher tem como consequência o relaxamento do assoalho pélvico e da musculatura lisa do trato urinário.

Assim, ocorre a inibição do peristaltismo uretral – ou seja, a uretra perde parte de sua capacidade de contração.

Infecções do Trato Urinário – ITU

As mudanças hormonais e imunológicas da gravidez também podem ocasionar infecções do trato urinário (ITU).

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (RBSMI) demonstra que entre 30% e 40% das mulheres que não trataram completamente a ITU poderão desenvolver sintomas de incontinência urinária na gravidez – sendo este um dos principais sintomas da ITU.

Quando acontece a incontinência urinária na gravidez?

Como já abordamos, a incontinência urinária na gravidez pode ocorrer por diversos motivos. Dentre eles, as mudanças hormonais e as modificações que ocorrem no corpo da mulher ao longo da gestação têm bastante destaque.

A incontinência urinária no início da gravidez pode ocorrer juntamente ao aumento da produção de progesterona no organismo da mulher.

Mesmo que o escape de urina possa ocorrer em qualquer fase da gestação, o terceiro trimestre da gestação possui maior prevalência de IU.

Nesta etapa da gestação, as mudanças do ângulo da uretra, o aumento de peso e a pressão na bexiga e em todo assoalho pélvico impactam diretamente na incidência, intensidade e frequência do escape involuntário de urina.  

Incontinência Urinária no Pós-Parto

O impacto físico da gestação também aumenta a ocorrência da incontinência urinária no pós-parto. Além dos fatores já citados, outras razões podem implicar no escape involuntário de urina após o nascimento da criança.

Essas causas seriam a idade da mulher (o processo de envelhecimento está diretamente ligado a perda de tônus da musculatura pélvica), o seu peso, hábitos como tabagismo, ingestão de álcool, a alimentação e a episiotomia.

A episiotomia é uma prática obstétrica intervencionista que consiste em um corte realizado no períneo (pele entre a vagina e o ânus) sob o pretexto de facilitação da passagem do bebê.

De acordo com a OMS, não existem evidências científicas para indicação do procedimento.

Suas consequências são o aumento de hemorragias, infecção da ferida, hematomas, dor perineal e incontinência urinária e fecal.

Dentre as mulheres que vivenciam a incontinência urinária no pós-parto, 40,8% delas foram submetidas à episiotomia.

Sintomas – Como identificar a perda de urina involuntária?

Durante a gravidez e o parto, os músculos do assoalho pélvico passam por um grande desafio.

Como resultado, situações em que ocorre esforço ou mesmo força podem indicar a ocorrência dos sintomas da incontinência urinária na gravidez.

Alguns exemplos de sintomas são:

  • Maior urgência em ir ao banheiro;
  • Menor intervalo entre idas ao banheiro;
  • Escapes de urina ao fazer esforço físico;
  • Escape de urina ao tossir, espirrar e dar risada.

De qualquer forma, o diagnóstico adequado da incontinência urinária deve analisar detalhadamente não só os sintomas, mas todo o quadro clínico da paciente.

Assim, através de sua avaliação e da solicitação de exames, será possível obter o diagnóstico correto.

Incontinência urinária na gravidez – O que fazer?

Existem diversas formas disponíveis de prevenir e minimizar a incontinência urinária na gravidez. Esses métodos passam de exercícios do assoalho pélvico, mudanças de hábitos ou até mesmo procedimentos cirúrgicos, a depender do grau de incontinência urinária e o volume de escape de urina.

Vamos abordá-los individualmente.

Mudança de hábitos

Um dos principais fatores para a ocorrência da perda involuntária de urina na gravidez são os hábitos.

Como o peso da gestante possui impacto no escape de urina, manter uma alimentação saudável alivia a pressão extra na região do abdômen e especialmente da bexiga.

Além disso, o funcionamento intestinal também tem forte influência na incontinência urinária. Com o intestino preso, é necessário fazer mais força ao evacuar.

Assim, ao comer fibras diariamente (como frutas e legumes, verduras e grãos) o intestino regulado auxilia no processo de recuperação do tônus do assoalho pélvico - controlando a incontinência urinária.

Também é importante evitar ingerir líquidos diuréticos, que “irritam a bexiga” e aumentam a quantidade de urina produzida. Alguns exemplos são bebidas gaseificadas, café, chá mate, chá preto, sucos e frutas ácidas.

É preferível beber mais água, bebidas descafeinadas e alimentos leves – sempre de acordo com a orientação do médico obstetra.

 Exercícios do assoalho pélvico

O assoalho pélvico enfraquecido é o maior responsável pelo escape de urina na gravidez.

E por ser um grupo muscular, é possível exercitá-lo como qualquer outro músculo do corpo!

Para prevenir o agravamento a incontinência urinária ao final da gravidez, é necessário iniciar os exercícios dos músculos do pavimento pélvico o quanto antes.

Para se ter uma ideia, cerca de 62% das grávidas que realizaram esses exercícios relataram menos sintomas de incontinência urinária no final da gravidez. E isso também se aplica ao pós-parto!

Os exercícios de Kegel são bastante indicados para fortalecer seu assoalho pélvico.

São exercícios seguros e eficazes que podem ser realizados em qualquer etapa da gravidez ou no pós-parto.

Para fazer os exercícios de Kegel, a bexiga deve estar vazia. Depois, é necessário se concentrar nos músculos usados para segurar a urina. Estes músculos (que estão em volta da uretra) devem ser contraídos de 5 a 10 segundos e em seguida, relaxados, por pelo menos, 5 segundos.

Para obter resultados consistentes e seguros, estes exercícios devem ser orientados por um profissional de saúde especialista nesta área, como fisioterapeutas.

Cirurgia de Incontinência Urinária

A cirurgia de incontinência urinária é um procedimento minimamente invasivo indicado para mulheres que possuem grau moderado ou grave de IU – ou seja, uma perda de urina muito acentuada ao realizar pequenos esforços.

Além disso, são indicadas para os casos em que a mudança de hábito ou os exercícios pélvicos não funcionaram.

Em qualquer caso, o acompanhamento de um médico uroginecologista é essencial para a avaliação da gravidade da IU e quais as demandas da intervenção de forma individualizada.

Até quando dura a incontinência urinária na gestação?

Geralmente a incontinência urinária na gravidez regride após o parto. Entretanto, existem situações em que ela permanece.

Quando o bebê ultrapassa 4 quilos ou quando o trabalho de parto é muito longo, os músculos do períneo são esticados e acabam por ficar flácidos. Esses fatores podem agravar a incontinência urinária após o parto.

A maioria das mulheres apresenta uma perda urinária pequena, que pode ser controlada mais facilmente. Entretanto, em cerca de um terço dos casos, lidar com a perda involuntária de urina após o parto pode demandar uma visita ao médico.

E enquanto a visita ao médico não acontece, é importante se sentir confiante e segura nesta nova fase da vida.

A maternidade não precisa trazer sofrimento!

Existem produtos que são específicos para incontinência urinária - usar protetores diários ou absorventes menstruais acabam sendo desperdício de dinheiro, já que eles não servem para isso.

Esses produtos podem ser encontrados, por exemplo, na forma de absorventes,  calcinhas absorventes descartáveis ou calcinhas laváveis - e podem ser encontrados em farmácias ou pela internet.  

Além de serem produtos confortáveis e discretos, eles garantem que os escapes de urina não atrapalharão nenhum dia ou noite de sono.