Postado 10 de novembro de 2025 em Incontinência UrináriaTENA

Sentir ardência, dor ou desconforto ao urinar é um sintoma que nunca deve ser ignorado. Isso porque ele pode ser o primeiro sinal da infecção urinária, uma das condições mais frequentes entre as mulheres.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 50% das mulheres entre 20 e 40 anos terão pelo menos um episódio de infecção urinária ao longo da vida.
Apesar de também atingir os homens, especialmente os idosos, a infecção urinária é mais recorrente no público feminino devido à anatomia do corpo da mulher: a uretra é mais curta e próxima da vagina e do ânus, o que facilita a entrada de bactérias.
Mas, com o diagnóstico correto e alguns cuidados preventivos, é possível tratar a infecção e curá-la, evitando que a ardência ao urinar volte a gerar incômodo.
A ardência urinária é sintoma de que algo está alterando o equilíbrio do trato urinário. Embora a infecção seja a causa mais comum, ela não é a única. Algumas das principais razões que podem provocar esse desconforto são:
É causada muitas vezes pela bactéria Escherichia coli, que normalmente habita o intestino, mas também pode ser ocasionada por outras bactérias, como o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. Quando uma bactéria como a Escherichia coli migra para o trato urinário, pode provocar irritação, inflamação e, consequentemente, a sensação de ardência ao urinar.
É a inflamação da uretra, canal que transporta a urina da bexiga para o exterior do corpo. Pode ser desencadeada por infecções bacterianas ou virais, além de reações a substâncias químicas. Tem diversas causas, entre elas a bactéria Nesseria gonorrheae, a mesma que causa gonorreia.
É a inflamação ou infecção por bactérias que atingem a bexiga. Geralmente associada a dor na parte inferior do abdome e micção dolorosa (dor e ardor ao urinar) e a vontade constante de urinar. Algumas pessoas podem apresentar também incontinência urinária. Isso ocorre pela irritação que a bactéria provoca na parede da bexiga, resultando em vontade constante e urgente de urinar, que pode ser seguida por episódios de escapes de urina.
Mais grave, é uma doença inflamatória infecciosa que atinge um ou ambos os rins, responsáveis pela produção de urina. Costuma causar febre alta, dor nas costas e mal-estar.
Infecções como clamídia, gonorreia, tricomoníase e herpes genital também podem causar ardência ao urinar, além de outros sintomas, como corrimento, coceira e dor pélvica. Essas condições exigem diagnóstico médico e tratamento específico com antibióticos ou antivirais.
Nas mulheres, as variações hormonais — especialmente na menopausa — reduzem os níveis de estrogênio, o que afina a mucosa vaginal e uretral. Essa mudança facilita irritações e infecções, provocando ardência.
Nos homens, a prostatite (inflamação na próstata), causar ardência ao urinar, ao lado de outros sintomas como dificuldade para começar a urinar, diminuição do fluxo de urina, vontade frequente de urinar e dificuldade em manter uma ereção. Pode ser causada por bactérias, por lesão ou cirurgia na próstata.
Ao sentir ardência ao urinar de forma recorrente, o ideal é procurar um médico urologista ou ginecologista. O diagnóstico é feito por meio de exame de urina tipo 1 e urocultura, que identificam a presença de bactérias e o tipo de infecção. Outros exames podem ser solicitados, de acordo com os sinais e sintomas identificados.
Nos casos de infecção urinária bacteriana, o tratamento envolve o uso de antibióticos prescritos pelo profissional da saúde. Em situações mais complexas, como pielonefrite, pode ser necessário o uso de antibióticos intravenosos e acompanhamento hospitalar.
Outros cuidados complementares ajudam na recuperação:
Nos casos em que a ardência está relacionada a ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), o tratamento é feito com medicamentos específicos para o agente causador da infecção, e o(a) parceiro(a) também deve ser tratado(a) para evitar reinfecção
Para as mulheres na perimenopausa, o médico pode indicar terapia de reposição hormonal local, com cremes ou óvulos vaginais que restauram a lubrificação e protegem a mucosa, ou ainda um tratamento alternativo.
Em todos os casos, a automedicação deve ser evitada. O uso inadequado de antibióticos pode mascarar os sintomas, gerar resistência bacteriana e dificultar futuros tratamentos.
Com a ardência urinária controlada, é importante seguir estratégias simples e eficazes para prevenir novos episódios e proteger a saúde do trato urinário. Algumas dicas são:
A hidratação é essencial para manter o sistema urinário saudável. A água dilui a urina e ajuda o corpo a eliminar bactérias antes que elas causem infecção. O ideal é consumir pelo menos 2 litros de água por dia, ajustando conforme o clima e o nível de atividade física
Segurar a urina por longos períodos favorece a proliferação bacteriana na bexiga. Urinar com frequência ajuda a “lavar” o trato urinário e reduzir o risco de infecção.
A limpeza da região íntima feminina deve ser feita sempre da frente para trás, para evitar que bactérias da região anal cheguem à uretra. Deve-se utilizar sabonetes neutros e evitar duchas vaginais, que podem alterar a flora natural da região.
No caso da higiene íntima masculina, para limpar completamente o pênis é preciso retrair o prepúcio (pele que recobre a glande) e lavar em volta da glande, retirando sujidade e secreções. Em seguida, estender a higiene aos testículos, virilha e ânus.
Esse hábito simples ajuda a eliminar possíveis microrganismos que possam ter sido empurrados para a uretra durante o ato sexual, reduzindo o risco de infecção.
Tecidos sintéticos dificultam a ventilação da região íntima e aumentam a umidade local, favorecendo o crescimento de bactérias. O algodão, por ser mais respirável, é a melhor escolha para o dia a dia.
Absorventes, sabonetes, sprays e lenços umedecidos com fragrâncias podem causar irritação e alterar o pH da mucosa vaginal, tornando-a mais suscetível à infecção.
O intestino e o trato urinário estão intimamente conectados. Prisões de ventre frequentes aumentam a concentração de bactérias na região anal, facilitando sua migração para a uretra. Portanto, mantenha uma alimentação rica em fibras, frutas e vegetais, e pratique atividade física regularmente.
Durante a gravidez, o pós-parto e a menopausa, o corpo passa por alterações hormonais que afetam a mucosa e o equilíbrio do trato urinário. Algumas mulheres podem apresentar escapes de urina nessas fases. É importante manter acompanhamento médico regular e, se necessário, utilizar produtos higiênicos específicos para evitar irritações e desconfortos. TENA oferece uma linha completa de produtos. No caso de escapes de urina moderados, a preferência pode ser pela roupa íntima descartável TENA Pants Mulher, que veste como calcinha. Já para casos de perda de urina leve, a opção pode ser o absorvente TENA Lady Discreet Normal, que apresenta cobertura Gentil à Pele, macia e suave. Todos com tecnologia de controle de odor.
Por fim, a ardência ao urinar pode parecer um sintoma simples, mas é um importante sinal de alerta do corpo. Detectar a origem do sintoma e tratá-lo rapidamente evita complicações e melhora o bem-estar.
Se você já passou por episódios recorrentes de infecção urinária, ou sente desconforto ao urinar, não ignore os sinais. Busque orientação médica e adote hábitos que protejam sua saúde íntima.
Fontes:
https://sbn.org.br/publico/doencas-comuns/infeccao-urinaria/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/infeccao-urinaria/
https://drauziovarella.uol.com.br/sexualidade/como-fazer-a-higiene-intima-masculina/