Postado 10 de novembro de 2025 em Incontinência Urinária, MulheresTENA

Entre as inúmeras transformações que a maternidade causa na vida das mulheres, é comum que muitas passem a conviver também com os escapes de xixi. Eles podem ocorrer principalmente ao tossir, espirrar, rir ou fazer um esforço físico, sobretudo no último trimestre da gravidez e nos primeiros meses após o parto.
Mas, afinal, será que a incontinência urinária no puerpério é normal? De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 40% das gestantes no Brasil convivem com algum grau de perda urinária, e esse sintoma pode se estender após o parto. A boa notícia é que, embora frequente, a condição tem tratamento e pode ser manejada.
De acordo com Maria Alice Lelis, doutora em Ciências da Saúde – Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e enfermeira consultora TENA, a incontinência urinária na gravidez e puerpério é comum, mas não é normal. “É um sinal de que o corpo está pedindo atenção e, por isso, procurar ajuda profissional é fundamental“, explica. “Existem diversas abordagens de tratamento, desde mudanças de hábitos até exercícios para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que melhoram significativamente o quadro”, indica a especialista.
O escape de urina pode aparecer sobretudo no último trimestre da gestação porque, conforme o útero cresce e aumenta de peso, ocorre a compressão da bexiga, resultando em maior pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico. Ao mesmo tempo, a ação de hormônios que preparam o corpo para o parto, como a progesterona, também contribui para o enfraquecimento da musculatura pélvica.
No pós-parto, a situação pode persistir ou até se intensificar. No caso do parto vaginal, o esforço e a passagem do bebê pelo canal vaginal podem causar estiramento dos músculos do assoalho pélvico. Mas mulheres que passaram por partos cesariana também apresentam escapes de xixi, já que a gravidez por si só já causa um grande impacto na musculatura pélvica.
De todo modo, na maioria dos casos a incontinência urinária no puerpério é temporária e os sintomas tendem a diminuir com o tempo, conforme o corpo se recupera.
As razões da incontinência urinária no puerpério estão diretamente relacionadas às intensas transformações do corpo feminino durante a gestação:
A incontinência urinária no puerpério tem tratamento, e o primeiro passo é conversar com o ginecologista assim que aparecerem os primeiros escapes. Ele poderá avaliar a situação e, se for o caso, encaminhar a paciente para um profissional de saúde especialista na área.
Os tratamentos variam de acordo com a causa e o grau de incontinência, mas a maioria deles é não-invasiva e muito eficaz:
A incontinência urinária no puerpério não precisa ser um obstáculo para as mulheres desfrutarem o lado prazeroso da maternidade. Com orientação médica, tratamento adequado e produtos apropriados é possível viver essa jornada com amor, autocuidado, segurança e conforto.
Fontes:
https://promatre.com.br/o-que-e-o-puerperio-como-lidar-com-mudancas-pos-parto/
https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/como-lidar-com-a-incontinencia-urinaria-pos-parto/
https://drapriscilamatsuoka.com.br/incontinencia-urinaria-durante-a-gravidez/