A chegada de um bebê é um momento de muitas emoções, mudanças e descobertas. Junto com a nova rotina, a mãe passa por uma fase intensa de adaptações físicas, hormonais e emocionais: o puerpério.
Também chamado popularmente de “resguardo” ou “quarentena”, o puerpério é cercado de dúvidas e até de alguns tabus.
Muitas mulheres, por não saberem o que esperar dessa fase, podem se sentir sozinhas diante de tantos sintomas novos, e se esse for seu caso, tudo bem. Você não está sozinha. É essencial entender o puerpério para viver esse momento de forma mais saudável, acolhedora e consciente.
Por isso preparamos um guia com informações e dicas para lidar da melhor forma com os sintomas dessa fase.
O que é o puerpério e quanto tempo dura?
O puerpério é o período que se inicia logo após o parto e se estende até que o corpo da mulher retorne, de forma gradual, à sua condição pré-gravidez. É uma fase de recuperação física e adaptação emocional, na qual o corpo e a mente da mulher passam por uma série de ajustes para se adaptar às demandas da maternidade.
Embora muitas pessoas associem o puerpério a cerca de 40 dias após o parto (por isso “quarentena”), na prática, ele pode durar até um ano, pois varia de mulher para mulher, segundo fatores como a saúde da mãe, o tipo de parto, cuidados pós-parto, aleitamento materno e questões emocionais.
Por isso, é comum que os especialistas dividam o puerpério em três fases:
- Puerpério imediato: vai do 1º ao 10º dia após o parto. É o período de maior intensidade, com a maioria das mudanças físicas acontecendo.
- Puerpério tardio: começa no 11º dia e se estende até o 45º dia. Nesse período, as mudanças físicas continuam, mas de forma mais branda, e a mulher começa a se adaptar à rotina com o bebê.
- Puerpério remoto: inicia-se após o 45º dia e pode se estender por 6 meses, e em alguns casos, por até 1 ano após o parto. É a fase de retorno completo do corpo materno à condição anterior à gravidez, com a estabilização hormonal e o fim de sintomas residuais.
Cada corpo reage de maneira diferente e respeitar esse processo é essencial para a saúde física e emocional.
Puerpério: principais alterações físicas e emocionais
Enquanto o corpo se recupera das mudanças da gestação e do parto, a mente enfrenta novos desafios, principalmente em relação à maternidade e ao autocuidado.
Alterações físicas
- Sangramento vaginal (lóquios): é normal ocorrer um sangramento semelhante à menstruação nos primeiros dias do pós-parto, composto por sangue, muco e restos de tecido. É mais intenso nos primeiros dias e diminui gradualmente, podendo durar de duas a seis semanas. Para facilitar o dia a dia, a mulher pode utilizar uma calcinha absorvente descartável, como a TENA Pants Mulher, que proporciona conforto e praticidade no período pós-parto.
- Contrações uterinas: o útero continua se contraindo após o parto para voltar ao seu tamanho normal. Essas contrações, também chamadas de “cólicas do pós-parto”, podem ser sentidas principalmente durante a amamentação, porque a sucção do bebê estimula a liberação do hormônio oxitocina, que intensifica as contrações.
- Amamentação e ingurgitamento mamário: a produção de leite é um dos grandes desafios do puerpério. Nos primeiros dias, é comum o chamado ingurgitamento mamário, que é o acúmulo de leite nas mamas, deixando-as inchadas, doloridas e duras.
- Incontinência urinária: durante a gestação e o parto, os músculos do assoalho pélvico sofrem uma sobrecarga que pode levar à perda involuntária de urina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 40% das gestantes no Brasil convivem com algum grau de perda urinária. É um sintoma muito comum e que, na maioria dos casos, é temporário. A perda urinária pode se resolver espontaneamente no puerpério. Caso persista, é necessário buscar orientação profissional. As mães que estiverem convivendo com os escapes de xixi no puerpério podem contar com produtos absorventes específicos para essa condição, como a TENA Pants Mulher acima citada, que veste como calcinha, ou os absorventes da linha TENA Lady Discreet, ambas opções com tecnologia de controle de odor e alto poder de absorção da urina.
- Dor e cicatrização: seja qual for o tipo de parto, é possível sentir dor e desconforto. No parto normal, a dor pode ser na região do períneo (entre a vagina e o ânus). Já na cesárea, a dor é na região da incisão.
- Alterações no peso e no corpo: inchaço, flacidez abdominal e queda de cabelo são queixas comuns durante o puerpério.
Alterações emocionais
- Oscilações de humor: as alterações hormonais, somadas à falta de sono e às novas responsabilidades, podem causar irritabilidade, ansiedade e tristeza.
- Baby blues (tristeza puerperal): é uma condição comum e temporária, em que a mãe se sente triste, emotiva, irritável e chorosa, com picos de ansiedade. Geralmente, os sintomas duram alguns dias e desaparecem sozinhos em aproximadamente duas semanas.
- Depressão pós-parto: diferente do baby blues, é um quadro mais grave e duradouro em que a mulher se sente com profunda tristeza, desânimo e falta de interesse em atividades. Provoca, ainda, distúrbios do sono e do apetite, além de sentimento de culpa e inadequação. É uma condição séria que requer acompanhamento médico e psicológico.
- Ansiedade: a ansiedade no puerpério pode ser desencadeada pela preocupação excessiva com o bebê e com a nova rotina. É uma emoção muito comum e, se não tratada, pode se tornar um transtorno.
Reconhecer esses sinais é essencial para que a mulher receba o apoio adequado, seja de familiares, profissionais de saúde ou grupos de acolhimento materno.
Dicas para lidar com os sintomas do puerpério
Lidar com todas as mudanças do puerpério pode ser desafiador, mas algumas dicas podem ajudar a enfrentar essa fase com mais leveza.
- Tenha sua rede de apoio: parceiro, familiares, amigos e pessoas próximas, podem contribuir na realização das tarefas domésticas e nos cuidados com o bebê, dando a você tempo para descansar e se recuperar. Envolver sua rede de apoio também é uma forma de autocuidado.
- Aproveite para descansar: o sono é fundamental para a recuperação física e mental no pós-parto. Aproveite os momentos em que o bebê estiver dormindo para tirar uma soneca. Se não conseguir dormir, deite-se para relaxar o corpo e a mente.
- Cuide da sua saúde mental: converse abertamente com as pessoas próximas sobre suas emoções. Se estiver se sentindo sobrecarregada, busque ajuda de um profissional de saúde, como um psicólogo.
- Invista em produtos que facilitem a sua rotina: os absorventes e calcinhas descartáveis (Pants) para incontinência urinária são uma ótima opção para mulheres que convivem com os escapes de xixi no puerpério. Desenvolvidos especificamente para essa condição, os produtos TENA oferecem discrição, conforto e segurança, além de tecnologias de controle de odor e alta absorção, como já mencionado, para garantir que a mulher, exercendo a maternidade, mantenha sua nova rotina sem desconfortos.
- Fortaleça seu assoalho pélvico: os exercícios de Kegel são ótimos para fortalecer o assoalho pélvico e ajudar na recuperação da incontinência urinária. São exercícios simples de contração e relaxamento dos músculos que sustentam a bexiga, o útero e o intestino.
O puerpério é uma fase e, assim como a gestação, também irá passar. Com as informações certas e o apoio adequado, você conseguirá superar os desafios e aproveitar a jornada da maternidade com mais confiança e tranquilidade.
Fontes:
Entenda o que é o puerpério e como a SMS acompanha as gestantes da capital
https://vidasaudavel.einstein.br/o-que-e-e-quanto-tempo-dura-o-puerperio/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-a-consulta-de-puerperio-na-atencao-primaria-a-saude/
https://promatre.com.br/o-que-e-o-puerperio-como-lidar-com-mudancas-pos-parto/
https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/como-lidar-com-a-incontinencia-urinaria-pos-parto/