Postado 14 de julho de 2025 em Incontinência Urinária, MulheresTENA
A maternidade traz muitas mudanças físicas e emocionais para a mulher. Entre as transformações corporais, um tema que costuma ser pouco discutido, mas é bastante comum, é a incontinência urinária após o parto. Muitas mães, principalmente de primeira viagem, se perguntam: “é normal perder urina depois do parto?”. A resposta curta é: sim, é comum, mas não deve ser ignorado.
Neste artigo, vamos abordar o que é a incontinência urinária pós-parto, por que ela acontece, quais os tipos mais comuns, como tratá-la e quando é hora de buscar ajuda médica.
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Ela pode acontecer de forma leve, como alguns pingos ao tossir, espirrar ou rir, ou mais intensa, dificultando o controle da bexiga em diversas situações do dia a dia.
Essa condição afeta principalmente mulheres, especialmente em fases como a gravidez, o pós-parto e a menopausa. Isso acontece por conta das mudanças hormonais e do enfraquecimento do assoalho pélvico, uma região composta por músculos que sustentam a bexiga, o útero e o intestino.
Saiba mais sobre o que é incontinência urinária no nosso post destinado inteiramente ao tema, confira: Incontinência urinária: entenda o que é e tudo sobre o tema
Durante a gestação e o parto, o corpo feminino passa por grandes alterações. O útero cresce, os hormônios se modificam e o peso do bebê pressiona a musculatura pélvica. Além disso, o trabalho de parto, especialmente em partos vaginais, pode causar lesões nos nervos, músculos e tecidos da região pélvica, comprometendo o controle urinário.
Entre os principais fatores de risco para a incontinência pós-parto, estão:
A boa notícia é que, na maioria dos casos, a condição é temporária e pode ser tratada com mudanças de hábitos e acompanhamento médico.
Existem diferentes formas de incontinência urinária, e entender qual tipo está presente é essencial para o tratamento adequado. Os principais tipos são:
É o tipo mais comum no pós-parto. Ocorre quando há perda de urina ao fazer algum esforço físico, como levantar peso, tossir, espirrar, rir ou até subir escadas. Está relacionada à fraqueza dos músculos pélvicos.
Em caso de incontinência urinária de urgência a mulher sente uma vontade repentina e intensa de urinar, mas não consegue chegar ao banheiro a tempo. Pode estar associada à bexiga hiperativa, com contrações involuntárias.
Combina os dois tipos anteriores: há perdas tanto em situações de esforço quanto em momentos de urgência urinária. Saiba mais sobre incontinência urinária mista aqui!
A duração da incontinência urinária varia de mulher para mulher. Em muitas, o problema desaparece dentro de semanas ou meses após o parto, especialmente com a prática de exercícios pélvicos e fortalecimento da musculatura.
Por outro lado, em casos mais graves ou quando não há tratamento adequado, a condição pode se prolongar e impactar a qualidade de vida. Por isso, é importante acompanhar os sintomas e buscar orientação profissional.
É fundamental não encarar a perda de urina como algo “normal” que deve ser aceito passivamente. Se os sintomas:
então, procure um ginecologista ou urologista. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e evita complicações.
O tratamento da incontinência urinária no pós-parto depende do tipo, da intensidade e das causas específicas. Algumas estratégias eficazes incluem:
São exercícios simples e eficazes para fortalecer o assoalho pélvico. Consistem em contrair e relaxar os músculos responsáveis pelo controle da urina. Podem ser feitos em casa, várias vezes ao dia, com orientação profissional.
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A fisioterapia especializada ajuda a recuperar a função muscular da região pélvica com técnicas específicas, como biofeedback e eletroestimulação.
Adotar hábitos saudáveis pode ajudar bastante, como:
Durante o tratamento ou recuperação, pode ser necessário utilizar produtos que ofereçam proteção, conforto e discrição. Existem fraldas para adultos e absorventes específicos para incontinência que garantem segurança no dia a dia.
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Em casos mais severos ou persistentes, o médico pode indicar medicamentos ou até intervenções cirúrgicas, como a colocação de uma fita vaginal (sling), para sustentar a uretra.
Sim, e muito. Muitas mulheres relatam vergonha, insegurança e até evitam sair de casa ou retomar a vida sexual por conta do medo de acidentes. Por isso, é essencial tratar o problema com acolhimento, informação e apoio emocional.
Conversar com o parceiro, participar de grupos de apoio e buscar acompanhamento psicológico também pode ajudar no processo de recuperação e fortalecimento da autoestima.
A incontinência urinária pós-parto é comum, mas não precisa ser permanente. Com o diagnóstico correto, acompanhamento profissional e adoção de medidas simples, é possível recuperar o controle da bexiga e melhorar a qualidade de vida.
É importante quebrar o tabu sobre o tema e incentivar o diálogo entre mulheres, profissionais de saúde e familiares. Lembre-se: cuidar da saúde íntima também faz parte do bem-estar da maternidade.