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Incontinência urinária pós-parto: é normal?

mulher com bebê no colo e escape de urina

A maternidade traz muitas mudanças físicas e emocionais para a mulher. Entre as transformações corporais, um tema que costuma ser pouco discutido, mas é bastante comum, é a incontinência urinária após o parto. Muitas mães, principalmente de primeira viagem, se perguntam: “é normal perder urina depois do parto?”. A resposta curta é: sim, é comum, mas não deve ser ignorado. 

Neste artigo, vamos abordar o que é a incontinência urinária pós-parto, por que ela acontece, quais os tipos mais comuns, como tratá-la e quando é hora de buscar ajuda médica. 

O que é a incontinência urinária? 

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Ela pode acontecer de forma leve, como alguns pingos ao tossir, espirrar ou rir, ou mais intensa, dificultando o controle da bexiga em diversas situações do dia a dia. 

Essa condição afeta principalmente mulheres, especialmente em fases como a gravidez, o pós-parto e a menopausa. Isso acontece por conta das mudanças hormonais e do enfraquecimento do assoalho pélvico, uma região composta por músculos que sustentam a bexiga, o útero e o intestino. 

Saiba mais sobre o que é incontinência urinária no nosso post destinado inteiramente ao tema, confira: Incontinência urinária: entenda o que é e tudo sobre o tema

Por que a incontinência urinária ocorre após o parto? 

Durante a gestação e o parto, o corpo feminino passa por grandes alterações. O útero cresce, os hormônios se modificam e o peso do bebê pressiona a musculatura pélvica. Além disso, o trabalho de parto, especialmente em partos vaginais, pode causar lesões nos nervos, músculos e tecidos da região pélvica, comprometendo o controle urinário. 

Entre os principais fatores de risco para a incontinência pós-parto, estão: 

  • Parto vaginal prolongado
  • Uso de fórceps
  • Bebê com peso elevado
  • Gravidez múltipla
  • Partos anteriores
  • Predisposição genética
  • Obesidade

A boa notícia é que, na maioria dos casos, a condição é temporária e pode ser tratada com mudanças de hábitos e acompanhamento médico. 

Tipos de incontinência urinária no pós-parto 

Existem diferentes formas de incontinência urinária, e entender qual tipo está presente é essencial para o tratamento adequado. Os principais tipos são: 

Incontinência urinária de esforço 

É o tipo mais comum no pós-parto. Ocorre quando há perda de urina ao fazer algum esforço físico, como levantar peso, tossir, espirrar, rir ou até subir escadas. Está relacionada à fraqueza dos músculos pélvicos. 

Incontinência de urgência 

Em caso de incontinência urinária de urgência a mulher sente uma vontade repentina e intensa de urinar, mas não consegue chegar ao banheiro a tempo. Pode estar associada à bexiga hiperativa, com contrações involuntárias. 

Incontinência mista 

Combina os dois tipos anteriores: há perdas tanto em situações de esforço quanto em momentos de urgência urinária. Saiba mais sobre incontinência urinária mista aqui!

Quanto tempo dura a incontinência após o parto? 

A duração da incontinência urinária varia de mulher para mulher. Em muitas, o problema desaparece dentro de semanas ou meses após o parto, especialmente com a prática de exercícios pélvicos e fortalecimento da musculatura. 

Por outro lado, em casos mais graves ou quando não há tratamento adequado, a condição pode se prolongar e impactar a qualidade de vida. Por isso, é importante acompanhar os sintomas e buscar orientação profissional. 

Quando buscar ajuda médica? 

É fundamental não encarar a perda de urina como algo “normal” que deve ser aceito passivamente. Se os sintomas: 

  • persistirem por mais de 3 meses após o parto;
  • estiverem se intensificando;
  • estiverem atrapalhando atividades diárias ou o sono;
  • causarem dor, ardência ou outros desconfortos;

então, procure um ginecologista ou urologista. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e evita complicações. 

Como tratar a incontinência urinária pós-parto? 

O tratamento da incontinência urinária no pós-parto depende do tipo, da intensidade e das causas específicas. Algumas estratégias eficazes incluem: 

  1. Exercícios de Kegel

São exercícios simples e eficazes para fortalecer o assoalho pélvico. Consistem em contrair e relaxar os músculos responsáveis pelo controle da urina. Podem ser feitos em casa, várias vezes ao dia, com orientação profissional. 

Leia mais sobre exercícios de kegel e seus benefícios!

  1. Fisioterapia pélvica

A fisioterapia especializada ajuda a recuperar a função muscular da região pélvica com técnicas específicas, como biofeedback e eletroestimulação. 

  1. Mudanças no estilo de vida

Adotar hábitos saudáveis pode ajudar bastante, como: 

  • evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool;
  • reduzir o peso corporal, se necessário;
  • evitar prender a urina por muito tempo;
  • praticar atividades físicas moderadas.
  1. Uso de absorventes ou fraldas descartáveis

Durante o tratamento ou recuperação, pode ser necessário utilizar produtos que ofereçam proteção, conforto e discrição. Existem fraldas para adultos e absorventes específicos para incontinência que garantem segurança no dia a dia. 

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  1. Tratamentos médicos

Em casos mais severos ou persistentes, o médico pode indicar medicamentos ou até intervenções cirúrgicas, como a colocação de uma fita vaginal (sling), para sustentar a uretra. 

Incontinência urinária e autoestima da mulher

Sim, e muito. Muitas mulheres relatam vergonha, insegurança e até evitam sair de casa ou retomar a vida sexual por conta do medo de acidentes. Por isso, é essencial tratar o problema com acolhimento, informação e apoio emocional. 

Conversar com o parceiro, participar de grupos de apoio e buscar acompanhamento psicológico também pode ajudar no processo de recuperação e fortalecimento da autoestima. 

Considerações finais 

A incontinência urinária pós-parto é comum, mas não precisa ser permanente. Com o diagnóstico correto, acompanhamento profissional e adoção de medidas simples, é possível recuperar o controle da bexiga e melhorar a qualidade de vida. 

É importante quebrar o tabu sobre o tema e incentivar o diálogo entre mulheres, profissionais de saúde e familiares. Lembre-se: cuidar da saúde íntima também faz parte do bem-estar da maternidade.