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Existe relação entre incontinência urinária e câncer?

Você quer entender se existe alguma relação entre incontinência urinária e câncer? Aqui falamos sobre o assunto e tiramos as principais dúvidas. Acesse e fique por dentro.  

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária está presente na vida de aproximadamente 45% das mulheres e 15% dos homens com mais de 40 anos. Estima-se que em todo o país mais de 12 milhões de pessoas convivam com escapes involuntários de xixi.  

Neste texto vamos abordar as principais dúvidas sobre as possibilidades de relação entre alguns tipos de câncer e incontinência urinária.  

Existe relação entre incontinência urinária e câncer? Entenda aqui. 

Pode-se apontar relações indiretas entre o câncer e a incontinência urinária, pois alguns tratamentos para determinados tipos de tumores podem afetar a função de órgãos e estruturas como a bexiga, esfíncter urinário e o assoalho pélvico, resultando em episódios de perda involuntária de urina.  

Tratamentos contra o câncer de colo de útero, como a radioterapia, por exemplo, podem ser um gatilho para a incontinência urinária devido a possíveis alterações no funcionamento da bexiga, ou dos músculos do assoalho pélvico. Quando tratada, essa incontinência pode ser transitória, dependendo do caso.  

Além disso, em alguns casos, a cirurgia para a remoção de órgãos como o útero ou a próstata pode afetar o controle da urina, levando à incontinência. É importante que os pacientes em tratamento do câncer que apresentem esses sintomas, informem as alterações observadas, para que sejam orientados sobre a forma mais adequada para cuidar da incontinência urinária. 

Tipos de câncer que podem estar relacionados à incontinência 

Alguns tipos de câncer estão mais comumente associados à incontinência urinária, que surge não diretamente pela presença do tumor, mas principalmente como consequência das intervenções necessárias para combatê-lo. Destacam-se três tipos, abordados mais profundamente em conteúdos sobre cada um aqui no blog TENA, e resumidos abaixo: 

Câncer de próstata: o câncer de próstata é o segundo com a maior prevalência entre os homens em todas as regiões do Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Segundo estimativas do órgão, para o período de 2023 a 2025, espera-se o surgimento de 71.730 novos casos dessa doença no país.  

A relação desse tipo de câncer com a incontinência urinária se dá como um sintoma do pós-operatório, em alguns casos da prostatectomia (a cirurgia para remoção da próstata), mas costuma ser uma condição transitória. 

Existem ainda outros quadros benignos da próstata associados ao risco de incontinência urinária, como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Os sintomas da HPB surgem quando a próstata aumentada bloqueia o fluxo urinário, causando dificuldade para iniciar a micção ou para o esvaziamento completo da bexiga.  

Pode-se, ainda, sentir vontade repentina de urinar (urgência), ou diminuição no volume e força do fluxo urinário, com gotejamento ao final da micção. A HPB é uma lesão benigna e não evolui para câncer. 

Câncer de colo de útero: é o terceiro tipo mais comum de câncer entre as mulheres no Brasil. Para o triênio 2023-2025, o INCA estima 17.010 novos casos por ano, o que corresponde a uma taxa de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.  

O câncer de colo de útero pode exigir tratamentos como a radioterapia, cujos efeitos nos tecidos da região podem enfraquecer a musculatura do assoalho pélvico, resultando em incontinência urinária. 

Câncer de bexiga: segundo estimativas do INCA, em 2024 foram registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga no Brasil, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. Esse câncer é o sétimo tipo mais frequente entre os homens, representando mais de 3% dos casos masculinos.  

Um dos possíveis sintomas da fase inicial desse tipo de câncer é a incontinência urinária, mas com volume muito pequeno e forte ardência ao urinar. O aumento na frequência da vontade de urinar, sem um aumento proporcional no volume de xixi deve servir de alerta, assim como a urgência urinária – quando dá uma vontade intensa de fazer xixi mesmo que a bexiga não esteja cheia.   

Quais os tratamentos necessários para cura da incontinência urinária? 

Embora a incontinência urinária possa surgir após o tratamento de alguns tipos de câncer, é importante saber que existem diversas opções para tratá-la e ajudar o paciente a retomar sua qualidade de vida. O tratamento e a possibilidade de cura vão depender do tipo e da gravidade da incontinência. 

  1. Fisioterapia do assoalho pélvico: exercícios específicos para a região, como por exemplo os Exercícios de Kegel, ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, reduzindo episódios de perda urinária.
  2. Medicamentos: dependendo do tipo de incontinência, o médico pode prescrever o uso medicamentos capazes de reduzir a hiperatividade da bexiga ou melhorar o tônus muscular.
  3. Mudanças na alimentação: diminuir o consumo de cafeína, álcool e alimentos ácidos ou condimentados pode ajudar a reduzir as ocorrências de escape de urina.
  4. Cirurgias: para casos mais específicos, procedimentos cirúrgicos podem ser indicados.

É possível minimizar os desconfortos da incontinência urinária  

Conviver com a perda de urina pode ser desafiador, mas existem soluções capazes de amenizar os desconfortos causados pela condição. O uso de produtos específicos para incontinência urinária é uma solução muito eficaz para quem busca segurança e conforto nesse tema. 

Além das fraldas geriátricas, que são indicadas para pessoas acamadas e sem mobilidade, existem no mercado também outros produtos com tecnologia de absorção de urina voltados às pessoas com mobilidade.  

São os absorventes diários femininos ou protetores masculinos – projetados especialmente para a anatomia do homem –, e as Pants, produtos que vestem como calcinhas e cuecas descartáveis, adequados aos diversos perfis e níveis de incontinência urinária. 

 

Fontes: 

  • Irwin et al. Worlwide prevalence estimates of lower urinary tract symptoms, overactive bladder, urinay incontinence and bladder outlet obstruction. BJU Int. 2011 Oct 108 (7): 1132-8. 
  • https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/3-maneiras-de-tratar-escapes-de-urina/ 
  • https://drauziovarella.uol.com.br/urologia/hiperplasia-de-prostata-e-benigna-mas-pode-causar-sintomas-no-trato-urinario/ 
  • Lima, Laís & Silva, Thaynan & Negreiros, Amanda & Vieira, Ana & Lima, Samuel & Uchoa, Silvana Maria De & Uchôa, Érica & Carvalho, Valéria. (2021). Disfunções do assoalho pélvico pós radioterapia para tratamento do carcinoma de colo uterino: uma revisão integrativa. Research, Society and Development